Instituto Municipal da Paisagem Urbana

Prefeitura de São Luís entrega obra de conservação do monumento Outeiro da Cruz

07/10/2022 18h17 - Atualizada em 31/10/2022 17h45
Secom

Como parte de um conjunto de investimentos que garantem a preservação do patrimônio cultural e arquitetônico de São Luís, a Prefeitura de São Luís entregou, nesta sexta-feira (07), mais um monumento histórico, totalmente restaurado, desta vez, o de Outeiro da Cruz.

A solenidade, que foi aberta com a banda da Guarda Municipal, ocorreu na intersecção das avenidas Guaxenduba e João Pessoa, e contou com a presença da vice-prefeita Esmênia Miranda, representando o prefeito Eduardo Braide, de autoridades e de alunos da Escola Novo Horizonte (Radional) e Unidades de Educação Básica (U.E.B.) Newton Neves (Vila Palmeira) e José Assub (Santa Cruz).

“A gestão do prefeito Eduardo Braide vem realizando um conjunto de investimentos para garantir que nossa história seja preservada, e nesses 25 anos em que São Luís recebeu o título de Patrimônio Mundial, entregamos mais um monumento histórico importante e que vai garantir a preservação da nossa memória”, destacou a vice-prefeita Esmênia Miranda.

A obra, realizada por meio da Fundação Municipal de Patrimônio Histórico (Fumph), do Instituto Municipal da Paisagem Urbana (Impur) e da Secretaria de Obras e Serviços Públicos (Semosp), contou com investimentos de mais de R$ 81 mil e recebeu, além de nova pintura e restauração, serviços de limpeza geral, retirada de entulho, paisagismo, capina na área de entorno imediato, reconstrução da calçada em piso cimentado, instalação de totem informativo seguindo as regras de acessibilidade para pessoas com deficiência visual e com QR Code, que permite ao visitante acessar informações mais detalhadas sobre o monumento e sua história.

Preservação

Responsável pelo projeto paisagístico, o presidente do Impur, Walber Filho, lembrou da importância da população observar e preservar o patrimônio, que sofre muito com vandalismos.

“Essa obra é mais uma parceria entre três secretarias realizada com muita dedicação e carinho e, por isso, acho importante lembrar e pedir à população que fiscalize as obras e intervenções que são realizadas na cidade, porque sofremos muito com vandalismos. Esta é uma obra muito importante e que, antes mesmo de ser inaugurada, precisamos voltar aqui porque plantas foram roubadas e placas das gramas foram retiradas. Então, contamos com a ajuda da população para que todo esse trabalho de conservação da nossa cidade e da nossa história façam sentido para o povo e para a cidade de São Luís”, frisou o presidente do Impur.

Também estiveram presentes na solenidade ao lado da vice-prefeita Esmênia Miranda, o secretário de Planejamento e Desenvolvimento, Simão Cirineu, a secretária adjunta da Semed, Gusmaia Mousinho, a presidente do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão (IHGM), Dilercy Aragão Adler, Cristiane Diniz, gestora da Apae e Roberto Medeiros, membro do Conselho do Orçamento Participativo. 

Projeto Patrimônio nas Escolas

A presidente da Fundação Municipal de Patrimônio Histórico (Fumph), Kátia Bogéa, aproveitou a presença dos alunos das escolas Novo Horizonte e U.E.B. Newton Neves, para dar uma aula sobre a preservação histórica e a importância da educação patrimonial dentro do ensino da rede municipal. A presidente se dirigiu ao corpo estudantil e aos docentes e falou da importância da presença dos estudantes na solenidade e do projeto que já está sendo construído para ser executado em breve.

“Mais uma recuperação de um importante patrimônio da nossa cidade, nesse local onde batalhas importantes aconteceram. Precisamos trabalhar isso nas gerações dos jovens e crianças para garantir a educação e sensibilização dessa nova geração garantindo que eles sejam defensores desse patrimônio. E hoje, lembro do nosso projeto que está dentro do programa do prefeito Eduardo Braide.  Nós vamos entrar nas escolas com Educação Patrimonial de forma transversal, nas disciplinas de história, geografia, português, através de materiais paradidáticos, que já estão sendo construídos. O objetivo é trabalhar no 6º, 7º, 8º, 9º ano e na Educação de Jovens e Adultos (EJA). São cinco livros que já estão sendo elaborados, que vão tratar de todos os temas do patrimônio material e imaterial de São Luís”, garantiu a presidente da Fumph, Kátia Bogéa.

A professora da Escola Novo Horizonte, Priscila Neres, levou os alunos do 4º e 5º ano para a solenidade e falou do enriquecimento que todos os alunos ganham com visitas aos monumentos históricos da cidade.

“Hoje trouxemos nossos alunos para vivenciar presencialmente o que eles já aprenderam e ouviram em sala de aula. Nossa história é muito rica e eles aprendem muito visitando os monumentos deixados pelos portugueses e todos os nossos antepassados históricos. É um enriquecimento educacional gigantesco”, disse a docente.

Uma dessas alunas é a Isadora Silva Santos, que está no 5º ano e adorou a visita. “Eu já tinha ouvido falar sobre muitas histórias de São Luís e hoje nossa professora nos trouxe aqui para aprender mais. Eu gostei muito de saber o que aconteceu aqui, aprendi muito”, disse a aluna.

O aluno Isaque Emanoel, do 3º ano da U.E.B. Newton Neves, também adorou a visita ao monumento. “Eu gostei de aprender mais sobre a guerra que aconteceu aqui, antes da gente vir pra cá a professora explicou muita coisa, gostei muito de saber de tudo”, disse empolgado. 

Outeiro da Cruz

O Monumento Outeiro da Cruz foi edificado em pedra, constituído por uma coluna anelada, encimada por uma cruz latina lavrada em lioz. Essa coluna entalhada em lioz está sobre uma base em quatro estágios, de formato quadrangular e cantos levemente arredondados. Esse repousa sobre base trapezoidal construída em alvenaria de pedra preta, que foi rebocada e pintada na cor branca. Na face principal, emerge escadaria com 11 degraus. Na face posterior, há placa em mármore branco com inscrição que faz referência à expulsão dos invasores holandeses (1641-1644) do Maranhão.

O monumento marca, supostamente, onde se deram duas importantes batalhas entre os invasores holandeses e colonos portugueses. Portanto, sua representatividade para a formação da identidade nacional deve-se não só à sua conformação estética, e sim, ao fato histórico que relembra.